segunda-feira, 12 de maio de 2008

Abertura dos portos: a influência das decisões políticas no cotidiano e nos discursos de dominação emPernmabuco no século XIX

Este é mais um trbalho produizdo por aluno. Desta feita, estudante em curso de especialização na Fundação de Ensino Superior de Olinda - FUNESO.



ABERTURA DOS PORTOS: A INFLUÊNCIA DAS DECISÔES POLÍTICAS DO IMPÉRIO NO COTIDIANO E NOS DISCURSOS DE DOMINAÇÃO EM PERNAMBUCO NO SÉC. XIX.


Almir do Carmo Bezerra[1]


1. RESUMO

Nesta pesquisa são analisadas as bibliografias referentes a sociedade do Recife no século XIX. A partir da chegada da família real portuguesa em 1808, procuro fazer uma analogia entre as políticas estabelecidas lá e as conseqüências por aqui. O alcance dos discursos de dominação e sua influencia na vida doméstica, na arquitetura e no comportamento de consumo.

Palavras-chave: Recife no séc XIX; comportamento de consumo e cotidiano.

2. RÉSUMÉ
Dans cet recherche sont fait l’analyse des bibliographies sur la societé des Recife du dix-neufiéme siécle. À partir de l’arrivée de la famille real portuguese en 1808, je cherche fair une analogie entre la politique établie lá et les conséquense ici. L’étendue des discours de domination et son influence dans la vie doméstique, l’architecture et le comportement de consommation.

Mots-clés: Recife dans le 19th siécle; comportement de consommation e quotidien.


3. INTRODUÇÃO

A historiografia oficial aborda a chegada da corte portuguesa ao Brasil e logo a abertura dos portos como acontecimentos isolados, restringindo-os ao Rio de Janeiro. Cidades em pleno crescimento no nordeste, como é o caso do Recife, sofreram grandes conseqüências com as ações políticas de âmbito nacional. Isso insta fazer uma reflexão quanto ao cotidiano, o comportamento de consumo e os discursos de dominação elaborados pela elite recifense.
Na tarde de 7 de Março de 1808, a esquadra do príncipe regente D. João e a família real portuguesa atracava na Baia da Guanabara, no Rio de Janeiro, fugindo das tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte. A disparada foi garantida pela marinha mercante inglesa. Com a chegada dessas pessoas ao país ficou evidente a falta de estrutura do Brasil, neste caso o Rio de Janeiro, para um encontro entre mundos tão distintos, a partir disso fica claro nos relatos dos viajantes europeus o despreparo e o anacrônico modo de vida dos brasileiros.
Acredito ter a bibliografia, baseada na documentação histórica, e a cultura material, a partir das escavações arqueológicas, um papel proeminente na justificação de relações de poder. Portanto, o propósito deste artigo é discutir as formas como a documentação e essa tralha doméstica foi utilizada para sustentar discursos de dominação no nível internacional do capitalismo industrial e no nível interno da sociedade brasileira oitocentista.
Esta investigação do papel social da cultura material e de toda dinâmica que envolveu sua utilização pela sociedade pernambucana no século XIX, foi dirigida a fim de se tentar compreender a emergência de um modo de vida burguês antecedendo a instalação da burguesia propriamente dita no país.
Dado o papel determinante desses discursos na estruturação e reprodução das relações sociais, os historiadores encontram-se em uma posição privilegiada para investigar as formas como esse modo de vida instalou-se e disseminou-se por aqui. Considerando que a adoção de um modo de vida por um determinado grupo somente ocorrerá em decorrência de uma conjunção de fatores de ordem econômica, social e política, principalmente, e que deverá ser sustentado por um discurso ideológico que tenha propósitos bem definidos, por isso, cabe questionar aqui qual foi o alcance desse discurso, e de que forma esse modo de vida foi assimilado, rejeitado ou ignorado por diferentes grupos que viviam na emergente Recife do séc. XIX.

4. RECIFE DO SÉC. XIX E O CONTEXTO HISTÓRICO.

Com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, percebeu-se o desmantelamento das estruturas sociais, pois, não só chegaram pessoas, mas valores e uma grande necessidade de utensílios que acompanhavam essas pessoas. Segundo Marins (2001:148) uma multidão chegou ao Brasil, estima-se que mais 15.000 pessoas dentre eles: cortesãos, funcionários, profissionais liberais, negociantes e militares disputavam espaço nas naus superlotadas que partiam de Lisboa.
A fuga da corte foi garantida pelos ingleses a partir de acordos firmados com Portugal, em contrapartida, no dia 1º de Abril de 1808, o príncipe regente declarou a abertura dos portos às nações amigas, ou seja, à Inglaterra, o que valia essencialmente dizer a eles que teriam imensos privilégios no comércio brasileiro; com o estabelecimento da família real, a nova política econômica e a entrada de bens de consumo industrializados da elite européia, há um discurso de dominação e o surgimento de um gênero de vida urbana e burguesa, como atesta Fernandes (1975) apud Symanski (2002:32) que:

“relaciona o surgimento de uma camada aburguesada no Brasil com a organização do Estado Nacional, quando condições econômicas, sociais e políticas propiciaram a uma parcela cada vez maior de senhores rurais sair do isolamento de seus engenhos e fazendas e projetar-se no cenário econômico das cidades e no ambiente político da corte e dos governos provinciais”.

Em Recife, como em outras regiões do Brasil, esses ideais foram inicialmente adotados pela classe dos proprietários rurais, já que a vida social estava permeada predominantemente nos engenhos que ficavam na área rural, em conseqüência das mudanças políticas, econômicas e sociais ocasionadas pelo regime imperial. Esses começaram a sair do isolamento de suas fazendas e a projetarem-se no ambiente cosmopolita burguês, acentuando as diferenças entre a vida rural e urbana em todos os níveis sociais.
Mas a urbanização estava crescendo, não era diferente no Recife, a cidade mais importante da província. Na primeira metade do séc. XIX já existia sistema de transporte de água potável, já que os poços cavados forneciam apenas água salobra. Segundo o viajante inglês Henry Koster[2], que esteve no Brasil no inicio do séc XIX,

“os três bairros da cidade contam, juntos, cerca de 25.000 habitantes ou mais, e crescem rapidamente. Novas casas são erguidas e por toda a parte vêem-se novos alicerces. A população consiste em brancos, mulatos e negros livres, escravos e muitos matizes. (...) O Recife é um lugar próspero, aumentando dia-a-dia em importância e opulência. A prosperidade gozada, em certa medida, pode ser atribuída ao caráter do Governador e capitão-general, Caetano Pinto de Miranda Montenegro.”

Ainda segundo o viajante inglês, Pernambuco, quanto à importância política para o governo português, gozava o terceiro lugar dentre as províncias brasileiras. O Recife crescia não só economicamente como também em expansão, a Vila do Recife, após a saída dos holandeses em 1654, apresentava exigüidade espacial e alto índice demográfico. O processo de desenvolvimento se deu a partir de sucessivos aterros até o ano de 1910, quando se estabeleceu o maior crescimento da ilha do Recife na Reforma Urbana. Várias ruas foram alargadas, casas foram demolidas, sobrados apareciam, morros foram destruídos para preencher os aterros. A evolução gradual das edificações recifenses em função dos aterros sucessivos deveu-se à oferta dos materiais oriundos do próprio solo e áreas próximas, além da chegada de engenheiros e arquitetos vindos do velho mundo, a fim de conceber um toque europeu, ou melhor, parisiense à Veneza pernambucana.

5. DISCURSOS DE DOMINAÇÃO
Através dessas reflexões, questiono quais influencias teriam essas políticas, esse modo de vida burguês e os discursos de dominação em lugares tão distantes, como Pernambuco, do centro irradiador dos modelos e padrões de comportamento das elites brasileira e européia?
A abertura dos portos permitiu a essa sociedade um amplo contato com os paises europeus ocidentais os quais estavam sedentos por novos mercados para despejar seus itens industrializados. Entretanto, para a cultura material do capitalismo industrial ser consumida pela sociedade brasileira era necessário que uma razoável parcela da população estivesse predisposta a adotar uma nova cultura de consumo[3].
O grupo dominante tendeu a obter estilos de vida urbanos e padrões de comportamento cosmopolita; para justificar e se afirmar como tal, essas elites elaboraram discursos para assegurar sua distinção em uma sociedade em rápido ritmo de mudança e para alcançar coexistência com as altas classes dos paises dominantes europeus, conseqüentemente, distanciando-os das classes menos favorecidas.
As emulações do comportamento de consumo[4] e do modo de vida da elite européia eram justificados pelos discursos alocrônicos[5], ridicularizando aqueles que não tinham educação e bons modos suficientes para manusear elementos modernos. Isso demonstra que,

“para os europeus, não era suficiente que as altas classes brasileiras tivessem adotado a cultura material do capitalismo industrial e as praticas com ela associada se tais classes eram inaptas para conduzir essas práticas de acordo com o habito estritamente burguês europeu. Para a visão européia, o que estava em jogo, mais do que as condições econômicas necessárias para possuir esses itens, era a maneira correta (européia) de usá-los”.

De fato, posso mencionar que a aquisição de itens materiais nas sociedades pré-industriais e industriais ocorre, na grande maioria das vezes, através do comércio, como é o caso do Recife neste período, o ato de consumir não é somente comportamento econômico, mas também social, portanto, além dos discursos, “os itens materiais podem atuar como indicadores da filiação social de seus usuários” Symanski (1997:83) e as escolhas de consumo do individuo refletirão os gostos dessa coletividade e servirão para reafirmar sua filiação neste grupo.

6. AS MUDANÇAS NO COTIDIANO E NO ESPAÇO DOMÉSTICO NO RECIFE OITOCENTISTA

Com toda essa reviravolta, no século XIX começa a se perceber algumas mudanças no ambiente doméstico pernambucano, que passou a ser mobiliado com uma infinidade de novos itens. A partir dos estudos de Luis Cláudio Symanski e Tânia Andrade Lima, percebe-se que tais mudanças foram mais intensas em dois recintos na sala de visitas e na sala de jantar. Apesar do apego aos padrões arquitetônicos coloniais, o século XIX trouxe inovações para o exterior e o interior dos lares brasileiros decorrentes da revolução industrial e da abertura dos portos.
A arquitetura residencial urbana brasileira seguia o modelo português, casas espremidas, geminadas, com frente estreita e de grande profundidade. Segundo Gilberto Freyre[6], os principais tipos de habitação urbana no Recife, era o sobrado e a casa térrea. “A peculiar fisionomia dos sobrados recifenses, de quatro ou cinco andares estreitos, formava renques de edifícios altos e apertados, nos quais se dependuravam os balcões[7] de treliças[8], assentados sobre fileiras de grossos cachorros[9] de pedra lavrada” Marins (2001:202). Os sobrados diferiam fundamentalmente das casas térreas por apresentarem o piso assoalhado, enquanto aqueles eram de chão batido. Ficava assim bem definida a diferenciação entre ricos, habitantes dos sobrados, e pobres, que ocupavam as casas térreas. As famílias ocupantes dos sobrados, com dois ou mais andares, habitavam o pavimento superior, prestando o térreo como espaço para o comércio, sendo utilizado como loja, armazém, escritório, depósito ou acomodações de escravos e animais. As antigas casas com suas caracterizadoras eiras e beiras, foram substituídas pelas platibandas por imposição inglesa, fruto da política imperial.
Esse tipo de iluminação foi comum tanto às casas térreas quanto aos sobrados, o que levou o engenheiro francês Vauthier[10], que esteve no Recife na década de 1840, a comentar que “... quem viu uma casa brasileira, viu quase todas” Vauthier (1975:37) apud Symanski (1997:86). As indicações do engenheiro francês corroboram com os relatos de Koster, constatando-se uma alteração da arquitetura, principalmente civil, em direção aos padrões ambicionados pelos membros da corte.

“Notei uma modificação considerável no aspecto do recife e de seus habitantes, embora minha ausência fosse de curta duração. Várias casas tinham sido reparadas e as rótulas, sombrias e pesadas, foram substituídas pelas janelas, com vidros e balcões de ferro. Algumas famílias haviam chegado de Lisboa a três outras da Inglaterra. As senhoras das primeiras davam o exemplo, indo à missa a pé, em plena luz solar, e as damas inglesas tomaram por hábito passear, todas as tardes, por distração” Koster (2003:258).

A iluminação diurna penetrava pelas aberturas dos cômodos frontais e traseiros, enquanto que as alcovas[11] ficavam quase que totalmente às escuras. “Algumas janelas das casas têm vidraças e balcões de ferro, mas a maioria não os possui e os balcões são cobertos de gelosias[12]” Koster (2003:40). A introdução de novos aparelhos de iluminação artificial, tais como lampiões de mecha circular, permitiu uma iluminação muito mais intensa durante a noite do que fornecida pelas tradicionais velas e candeeiros. Esse novo aparato de iluminação noturna alterou significativamente os hábitos caseiros, permitindo à família não apenas modificar o horário das suas refeições, que agora poderiam ser realizados até mais tarde, incentivando, inclusive, as atividades de socialização com convidados externos ao lar.
Mudanças mais importantes ainda surgiram nas mesas burguesas. Como já dito anteriormente, a sala de jantar e a de visitas foram as que sofreram maior mudança. Ocorreu um maior investimento na mobília e em acessórios para o lar, incluindo itens associados à alimentação, tais como facas e garfos, cristais, porcelanas, aparelhos de chá e de café, indicando uma grande elaboração das refeições. Os objetos começaram a ganhar mais sentidos em si mesmos que a sua funcionalidade.

“Na sala de visitas passou a receber um tratamento especial por meio de pinturas nos forros, papeis de paredes e de uns mobiliários mais complexos, compostos por sofás, cadeiras de braços, consolos, aparadores, mesas de mármore, espelhos de moldura dourada, cortinas, tapetes, quadros, vasos e escarradeiras de porcelana, em contraposição aos baús e catres comuns no período colonial”. Symanski (2002:35).

Sobre a sala de jantar o mesmo autor afirma que “esse recinto recebeu um vedo que o transformou na sala de jantar, um espaço de sociabilidade e exibição, cuja mobília passou a simbolizar fortemente o grupo familiar e os valores que deveriam cimentar seus membros: ordem, união, harmonia, coesão”. Henry Koster (2003:60) descreve bem uma situação clara de emulação ridícula em uma de suas experiência nas terras tupiniquins ao ser convidado a passar um Domingo na casa de uma família brasileira residente no Recife.

“Encontramos a família preste a servir-se do seu almoço, café e bolos. Depois jogou-se o gamão e cartas até horas do jantar, às duas da tarde. Esse consistia em grande numero de pratos, postos à mesa sem a menor simetria e cuidado quanto à regularidade do serviço. Surpreenderam-me, como era de esperar, as expansões afetuosas dos convivas, pondo no meu prato pedaços de carne que retiravam dos seus. (...) Somente duas ou três facas estavam na mesa, obrigando cada pessoa a cortar o alimento em pedacinhos e passar a faca ao vizinho. Havia, entretanto, abundancia de garfos de prata e grande quantidade de pratos”.

Portanto, não só os discursos, mas a cultura material mostra claramente a diversidade de elementos consumidos nesse período no Recife. Algumas escavações arqueológicas realizadas na área portuária do bairro do Recife recuperaram parte desse passado que contrasta opulência e dominação, pois, a ritualização das refeições feitas pelos segmentos mais abastados buscavam emular a burguesia européia, mesclando, porém, tais práticas com suas próprias tradições, criando, nas palavras de Lima (1999:215), “... expressões híbridas, marcadas por acentuados contrastes”.

7. CONCLUSÃO

Sei que em um simples artigo não posso estender o quanto o necessário, pois, esse tema merece um rigoroso aprofundamento pela importância quanto a vida cotidiana no Recife durante o século XIX que experimentou grandes modificações perante os jargões do período colonial.
O grupo social que parece ter sido mais intensamente influenciado por esse discurso ideológico foi o das elites urbanas. Elas em sua necessidade de diferenciar-se dos segmentos médios, cada vez mais numerosos, adotou como emblema de distinção a ritualização das refeições, pautada em uma série de regras de etiqueta e normas de comportamento que tinha como suporte os mais variados itens de louça.
Portanto, este artigo abordou as formas nas quais discursos europeus ocidentais foram usados para justificar a exploração econômica do Brasil durante o período imperial logo após a chegada da família real portuguesa. A emergência de uma classe burguesa alterando os costumes das principais cidades, utilizando um discurso poderoso de dominação e emulações do cotidiano europeu.

8. BIBLIOGRAFIA

ETCHEVARNE, Carlos: A reciclagem da faiança em Salvador.Contextos arqueológicos e tipos de reutilização. Revista Clio no. 16. 2006. UFPE. Recife.
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1975
FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mocambos. Editora Livros do Brasil, 2º edição, 1963.
_______________. Um engenheiro francês no Brasil. V. 2, Rio de Janeiro, José Olympio, 1960.
KOSTER, Henry. Viagens ao Nordeste do Brasil. Tradução, Prefácio e Comentários de Luís da Câmara Cascudo. V. 1, 12º ed. Rio – São Paulo – Fortaleza: ABC Editora, 2003.
LIMA, Tânia Andrade. Pratos e mais pratos: louças domésticas, divisões culturais e limites sociais no Rio de Janeiro, século XIX. Anais do Museu Paulista: História e cultura material, São Paulo, 1996.
MARINS, Paulo César Garcez. Através da rótula: sociedade e Arquitetura no Brasil séculos XVII a XX. São Paulo, Humanitas, 1999.
SHACKEL, Paul A. Classical and liberal republicanisms and the new consumer culture. International journal of Historical Archaeology, 1998.
SYMANSKI, Luis Cláudio. Grupos domésticos, comportamento de consumo e louças: o caso do Solar Lopo Gonçalves. Revista de História Regional, 1997.
______________________. (no prelo) Alocronismo e cultura material: discursos de dominação e o uso dos bens materiais na sociedade brasileira oitocentista.
______________________. Louças e auto-expressão em regiões centrais, adjacentes e periféricas do Brasil. Arqueologia da sociedade moderna na América do sul: Cultura material, discursos e práticas. Ed.by Andrés Zarankin e Maria Ximena Senatore. Buenos Aires, ediciones Del Tridente, 2002.

[1] Graduado em História, FUNESO. Aluno do curso de Pós-graduação em História do Nordeste, FUNESO. Aluno matriculado no curso de Mestrado em Arqueologia e Conservação do Patrimônio pela UFPE, bolsista do CNPq.
[2] KOSTER, Henry. Vagens ao Nordeste do Brasil, ABC editora, 12º edição, volume 1, Rio – São Paulo – Fortaleza, 2003, p. 42.
[3] De acordo com Shackel (1998) quando fala sobre cultura de consumo refere-se à criação, durante esse período, de uma ideologia de consumo que tinha como meta gerar uma crescente necessidade por itens industrializados.
[4] Entendo o comportamento de consumo como um sistema de categorias de bens, que pode ser ligado a um determinado grupo social.
[5] Alocronismo tem um significado similar a anacronismo, algo que está fora de seu tempo específico é o oposto de coevo; alocronismo é imbuir um determinado objeto com uma temporalidade passada, negando ao mesmo coevalidade com a nossa sociedade.
[6] Freyre Gilberto. Sobrados e Mocambos. Editora Livros do Brasil, 2º edição, 1963.
[7] Varanda ou sacada com grade e peitoril.
[8] Armação de ripas de madeira cruzadas.
[9] Peça saliente de madeira ou pedra que sustenta a cornija, cimalha ou sacada.
[10] Louis Léger Vauthier, trabalhou no recife entre 1840 e 1846.
[11] Quarto de dormir sem janela para o exterior.
[12] Grade de tabuinhas de madeira cruzadas à intervalos, que ocupa o vão duma janela; também conhecida como rótula.

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