UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO/
NÚCLEO DE HOTELARIA E TURISMO
Turismo-Iº Período-Tarde
Prof.: Severino Vicente daSilva
Disciplina: História da Cultura
Maracatu
Priscila Galvão
Carla Miranda
Weruska Mandela
Leonardo Oliveira
Vitória
Vitor Campelo
Vítor Barros
RECIFE
Junho 2008
“Tropa de todos os baques existentes
De longe tremendo e rachando os batentes
Mutante até lá adiante
Pois a zoada se escuta distante
Levando o baque do trovão
Sempre certo na contramão
Carrego pr’onde eu vou
O peso do meu som
Lotando minha bagagem
Meu maracatu pesa uma tonelada de surdez
E pede passagem”
[Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada-Jorge du Peixe]
Resumo
O ritmo que surgiu há três centenas de anos nas senzalas ou em reuniões de escravos afro-descendentes se tornou um ícone importante e indispensável na cultura brasileira.
Instrumentos de percussão, como tambores, chocalhos e paus eram usados na execução do maracatu, que foi criado com o objetivo de cultuar suas entidades espirituais e ao mesmo tempo servia com um “escape” para o sofrimento que os escravos sofriam naquela época. Hoje o maracatu está presente em vários estados do Brasil, com destaque para a Bahia e Pernambuco, neste último surgiu o Maracatu Rural, ou baque solto, que foi criado por trabalhadores e moradores da Zona da Mata Norte. Atualmente, os instrumentos utilizados no maracatu são, essencialmente, os mesmos de antigamente, como a alfaia, o atabaque, baquetas, apitos e etc. Geralmente se usa roupas especiais e peculiares do ritmo, principalmente no maracatu rural. Os caboclos de lança dão um brilho especial com seus mantos coloridos, a lança de fios luxuosos e compridos e uma flor na boca alegram o baque solto. Apesar dos anos, a tradição religiosa do maracatu é mantida por muitos grupos, esses rituais estão ligados ao candomblé e umbanda.
MARACATU RURAL
Ao contrário do Maracatu Nação, mais presente na área urbana, o Maracatu Rural “nasceu da fusão de vários folguedos populares que existiam, sobretudo nos engenhos de cana-de-açúcar da Zona da Mata Norte de Pernambuco, principalmente em Nazaré da Mata”.(Filho, 1998).
Personagem de grande destaque é o caboclo-de-lança ou lanceiro, suas ornamentadas vestimentas é uma das mais marcantes imagens deste folguedo: vestem o ceroulão -calção de chitão; a fofa -calça frouxa com franja por cima do ceroulão; camisa de mangas compridas de cores vivas; a gola colorida bordada com missangas, vidrilhos e lantejoulas; um surrão com 4 ou 5 chocalhos; na cabeça, um lenço e sobre este, um chapéu de palha ornado de fitas multicoloridas de papel crepom ou celofane(Farias, 1998).
A apresentação acontece num clima muito agitado, que cresce com as evoluções feitas pelos caboclos-de-lança. Temos, à primeira vista, a impressão de se tratar de uma dança guerreira: tensa e frenética. Estas apresentações acontecem durante o carnaval, percorrendo um roteiro de desfile que incluem sempre mais de 10 cidades.
MARACATU
Apesar de sua palavra ter procedência controversa, a hipótese mais concisa afirma que sua origem é africana, reforçada por “uma informação do Museu do Dundo, da Companhia de Diamantes de Angola. Conforme essa informação, o termo ‘ maracatu’ designa ainda hoje uma dança praticada pela tribo dos Bondos, os quais viviam na época da ocupação portuguesa, no território da foz do rio Dande, cerca de 500 km ao norte de Luanda”.( Guerra-Peixe apud, Lima 1980: 7).
Existem dois tipos de maracatu: o Maracatu Nação ou de Baque Virado e o Maracatu Rural ou de Baque Solto.
1.1 MARACATU NAÇÃO
O Maracatu Nação é o mais estudado e conhecido, ele teve origem no Recife baseado no costume chamado de Instituto do Rei Congo, que consistia na coroação de um rei negro (escravo liberto) que passaria a chefiar uma comarca, o rei e a rainha eram empossados no dia de Nossa Senhora do Rosário. Quando a Instituição se dissolveu, por volta do século XIX, restou apenas o Auto dos Congos, que era a representação de uma peça. O folguedo se originou do cortejo dessa tradição, conservando as relações de hierarquia entre os participantes.
Com o passar dos anos as coroações modificaram-se e levaram ao Maracatu Nação, que é composto pelos tradicionais destaques, o rei e a rainha e outros personagens, como o embaixador (porta-estandarte), as damas-do-paço (que carregam as calungas -bonecas de madeira que representam uma divindade), o príncipe e a princesa, o duque e a duquesa, o conde e a condessa, o conselheiro, o ministro, o guarda-coroa, os vassalos, as baianas, os lanceiros, os batuqueiros e os caboclos-de-pena, que são embalados pelas toadas e pelo ritmo da percussão. Esse folguedo possui um caráter misto religioso observado em suas toadas.
O Maracatu de baque Virado é marcante na capital, antigamente suas apresentações aconteciam em pátios de igrejas, hoje eles se configuram como peça importante do período momesco.
Dentre os Maracatus mais tradicionais estão: o Maracatu Nação Elefante (fundado em 1800, considerado o mais antigo), o Maracatu Nação Sol Nascente (sua data de fundação é desconhecida até hoje), o Maracatu Leão Coroado (1863), o Estrela Brilhante (1910), o Porto Rico do Oriente (1916), o Cambinda Estrela (1935), o Almirante do Forte (1935) e o Maracatu Indiano (1949).
MARACATU RURAL
“Na segunda metade do século XIX, foi grande a disputa pela posse de terra dos índios, especialmente no Nordeste. Aqueles que sobreviveram e foram viver na região Nordeste deixaram de falar suas línguas, para se preservarem, física e culturalmente. Começaram a se dizerem e se chamarem de caboclos [palavra surgida na colonização; dizia-se que não era índio, não era branco; não era livre, não era escravo; não era brasileiro, não era português.]. Estes caboclos já não falavam sua em público, e vinham se mesclando com outros grupos, também desclassificados socialmente, como os negros e os brancos pobres. Ocorreu o fenômeno da ‘caboclização’ das populações indígenas”. (Silva, 2005: 21- 22).
Originário da Mata Norte pernambucana, o Maracatu Rural ou de Baque Solto, também chamado de Maracatu de Orquestra, surgiu no início do século XX como uma brincadeira, os caboclos saíam solitários trajando roupas simples, ao som dos chocalhos em meio aos canaviais.Os índios foram renascendo dos canaviais que os haviam engolido, as lembranças foram tomando forma, o folguedo foi sendo formado como uma tribo, juntando um pouco do conhecimento a respeito das brincadeiras, misturou-se o Reisado, o Cavalo Marinho, o Bumba-meu-boi, o Caboclinho e os grupos de Cambinda, e virou “uma festa de celebração de um passado guerreiro”. (Silva, 2005: 22), até se transformar em Maracatu. Até chegar nesse ponto, o vestuário sofreu diversas modificações, antes os caboclos vestiam apenas roupas simples e estampadas, com o passar dos anos passaram a usar golas, que chegavam na altura do peito, e a bordá-las com vidrilhos, hoje as golas chegam na altura do joelho e são bordadas com lantejoulas, escolhido por ser um produto mais leve e possuir um brilho maior que o vidrilho. As roupas dos demais integrantes foram se modernizando de acordo com o aparecimento de tecidos diferentes. Ele migrou para Recife na década de 30 do século XX, como resultado de crise açucareira que chegou a ser a principal atividade econômica de Pernambuco, atividade essa que definiu a maioria das relações sociais presentes hoje.
“O mais antigo [maracatu rural] foi criado no Engenho Olho d’Água, em Nazaré da Mata, no dia 10 de dezembro de 1914, num sábado, como diz Ernesto Francisco do Nascimento, o mais antigo dos caboclos. Era o Cambidinha de Araçoiaba. Quatro anos depois, em 1918, no Engenho de Cumbe, Nazaré da Mata, nasceu o Cambinda Brasileiro”. (Silva, 2005:26).
HISTÓRIA DE ALGUNS DOS GRUPOS DE MARACATU NAÇÃO:
Grupos de Pernambuco:
Maracatu Nação Olinda:
- Criado em 2006;
- Finalidade: preservar a cultura negra em Pernambuco;
- Sede: bairro do Bonsucesso (Olinda).
Nação Leão Coroado:
- Fundado em 8 de dezembro de 1863;
- Sede: Rua José Dias de Moraes, Águas Compridas.
Maracatudo Camaleão (Olinda):
- Fundado em 8 de abril de 1990;
- Saiu pela primeira vez em 1992 em Olinda.
Maracatu Piaba de Ouro:
Foi fundado em 1977 e tem sede em cidade Tabajara, em Olinda. Mestre Salu, o seu fundador, é hoje uma referência internacional da cultura popular brasileira, além do Maracatu servir como parâmetro de referência para criação de outros ao redor do Estado, ele tenta manter vivas as tradições que regem tal folguedo.
Maracambuco:
Foi fundado em junho de 1993 com o intuito de preservar, divulgar e promover a cultura pernambucana, especialmente o maracatu. Desde então, desenvolve projetos sócio-culturais como oficinas de percussão e dança. Realiza também apresentações de palco e cortejos levando a cultura do maracatu nação de baque virado ao conhecimento de todos. Além disso, a instituição presta assistência para retirada de documentos, reforço escolar e acesso à Internet para as comunidades de Vila Popular, Peixinhos e Jardim Brasil.
Completou 15 anos dia 09 de junho de 2008.
Grupos do Brasil:
1. Nação Fortaleza (Fortaleza -CE)
- Fundado em 25 de março de 2004, como forma de marcar o Dia do Maracatu e as comemorações dos 120 anos da abolição da escravatura no Ceará;
-Idealizador: Cale Alencar;
- Cores padrão: vermelho, amarelo, azul e branco.
2. Nação Iracema (Fortaleza-CE)
- Fundado em 13 de maio de 2002;
- A caminhada do grupo vem desde 13 de agosto de 1982;
- Surge das reflexões e práticas da participação dos militantes do Pastoral da Paróquia de São Pedro e São Paulo e do Centro de Defesa e da Vida e Resgate da Cultura Negra no Ceará -Abogun Bolu e até de simpatizantes.
MARACATU RURAL
Nazaré da Mata é uma das três bases de atuação do maracatu em Pernambuco, ao lado de Recife e Cidade Tabajara (Olinda). A cidade, que é conhecida como o município de maior concentração de maracatus em toda a Zona da Mata, é um dos berços do Maracatu de Baque Solto. Uma das características do local é a intensa produção artesanal de adereços para o Carnaval, como as coloridas golas dos caboclos-de-lança.
Maracatu Piaba Dourada
Foi fundado em 1999, em Nazaré da Mata, Zona da Mata da Pernambuco, apesar do seu fundador ‘Boi Comendo’ (ele optou por usar o apelido pelo qual é conhecido sem revelar, assim, seu nome de batismo) brincar desde os 14 anos, o Maracatu não mantém as regras que eram antes impostas pala tradição do folguedo, se configurando, assim, como um maracatu mais contemporâneo, renovado.
Importante: O Maracatu de Baque Solto só existe em Pernambuco. Os outros grupos espalhados pelo Brasil são apenas de Baque Virado.
Instrumentos do Maracatu
Alfaia
Alfaia é um tambor ícone do ritmo brasileiro maracatu. Na terminologia alfaia significa necessidade, roupa, utensílio e enfeite. O instrumento é constituído de corpo, peles (membranas), aro, e cordas para a afinação.
A alfaia se percute com duas baquetas e o tocador se apresenta em pé, na maioria das vezes em procissão. Esse instrumento veio a ser conhecido ao público do centro-sul do Base, relativamente há pouco tempo através de grupos de música pop que introduziram a alfaia em seu instrumental e por percussionistas e pesquisadores que contribuíram ao aparecimento de grupos e oficinas de maracatu.
É classificada como membramofônica, já que o som é obtido através da membrana ou pele e instrumento de altura indeterminada.
Além dos diversos tipos de maracatu, a alfaia encontra-se também no côco e na ciranda.
Agogô
Agogô de duas"bocas" e uma baqueta: o mais convencional dos agogôs
Agogô de três "bocas" e uma baqueta
O agogô é um instrumento idiofônico, ou seja, a vibração do corpo do instrumento que reverbera o som. Existem agogôs de materiais orgânicos, como côcos, mas o mais encontrado é o de metal. É classificado como instrumento de altura indeterminada. Compõe-se de duas, três ou até quatro "bocas" ligados entre si pelas vértices.
Para se tirar som desse instrumento bate-se com uma baqueta, que pode ser de madeira, nas “bocas”, também chamadas de campânulas do instrumento. Outro recurso sonoro ou articulação é o choque entre as próprias "bocas".
O agogô é encontrado no candomblé, na capoeira, no samba, no afoxé, no baião entre outros ritmos.
Apito
É um instrumento associado à autoridade, guardas de trânsito, pedido de socorro, árbitros de esportes e mestres de grupos de percussão.
Foto 1: Apito de Ukuki, feito com semente da árvore de Ukuki (Manaus)
São instrumentos de alta ressonância e produzem som de duas maneiras: apenas o ar através do corpo do instrumento (fotos 1 e 2) e a segunda através do choque da "bolinha" dentro do corpo do instrumento com o corpo (foto 3).
Foto 2: Apito usado em esportes, feito de plástico com uma bolinha dentro do corpo
AtabaqueAtabaque - Termo derivado do árabe "at-tabaq", significando "tambor", encontrado no século XVI como "atavaque" (´v´pronunciado com som de ´u`). Com influência árabe na África, os negros escravos adotavam esse nome para seus "tambores", caracterizando-se pela construção rústica, feitos geralmente de peças de árvores escavadas e com uma pele (geralmente de bode) se sobrepondo.
Baquetas
A baqueta é um objeto em forma de pequeno bastão, geralmente, com uma das extremidades arredondadas, para percutir diversos instrumentos musicais. Pode ser feita de várias matérias, principalmente de tipos variados de madeiras, plásticos e/ou fibras.
As pontas podem ser arredondadas em formatos diferentes, esta variação é devida à peculiaridade exposta por cada ritmo, e elas podem ser de plástico, borracha, madeira, vidro e /ou outros materiais, fica ao gosto do músico, pois cada um extrai um som diferente.
Os diferentes tipos de matérias causam diferentes sons, assim como as diferentes peles dos instrumentos percutidos.
As baquetas têm vários tamanhos e densidades, que se adequam ao estilo musical e à sonoridade que o baterista queira produzir. Uma baqueta mais densa propicia um som mais forte, enquanto uma baqueta mais longa propicia um controle maior.
Existem vários tipos de baquetas, variando em seu tamanho, peso, espessura. Cada tipo geralmente é indicado a um determinado estilo musical. Mas os tipos de baquetas também podem ser escolhidos, levando em conta o gosto pessoal.
As baquetas modelo 5A são as mais utilizadas, não são nem pesadas nem leves. São muitos indicados para iniciantes, e a estilos musicais não muito pesados (pop, rock, country, samba, reggae, etc). Já o modelo 5B é um pouco mais pesado. É indicado para práticas de exercícios técnicos e a estilos de música um pouco mais pesada (hard-rock, heavy-metal, etc).
Caixa, tarola, caixa clara
Caixa, na designação original em inglês, snare drum é um tipo de tambor bimembranofone composto por um corpo cilíndrico de pequena seção, com duas peles fixadas através de aros metálicos, uma esteira de metal, constituída por pequenas molas de arame colocada em contato com a pele inferior, que vibrar através da ressonância produzida sempre que a pele superior é percutida, produzindo um som repicado, característico das marchas militares.
De uma maneira geral, e dependendo dos modelos, a esteira pode ser afastada da pele inferior através de uma alavanca, permitindo também a execução de ritmos sem a presença do som repicado.
Estilos musicais
A caixa teve a sua origem na Europa do século XV, onde a sua utilização básica surgiu com a marcação de ritmos em marchas militares.
Atualmente seu uso se estendeu a praticamente todos os estilos musicais ocidentais, sendo elemento essencial na bateria, onde é usada geralmente na marcação dos contratempos ou na execução de células rítmicas ou exercícios musicais mais complexos.
Seu uso é freqüente no rock, pop e no jazz, sendo também presença habitual nas seções de percussão das orquestras.
O instrumento é indispensável no carnaval carioca.
O uso da caixa em estilos afro-brasileiros tem suas raízes nos desfiles militares portugueses, desempenhando seu papel principal nas marchas, batucadas, e outros estilos do carnaval, apesar de ser também incluída em diversas outras formas de música.
A caixa faz parte integrante da escola de samba.
Execução
O percussionista executa a caixa munido de duas baquetas, geralmente de madeira ou com pequenas escovas, também designadas por vassourinhas.
Nas bandas de marchas ou desfiles, é hábito apoiar a caixa ao ombro ou à cintura do percussionista através de um talabarte (alça). Quando utilizada na bateria, é montada sobre um pedestal, geralmente, em forma de tripé.
Sons
Com esteira
O músico pode produzir vários tipos de sons. Com as esteiras encostadas à pele inferior o som é repicado e brilhante, como neste exemplo:
Sem esteira
Quando a esteira é solta através da alavanca, o som é brilhante (ressonante), mas sem a presença dos repiques:
Tocar no aro (rim shot)
O músico pode bater no aro metálico que fixa a pele, produzindo um som seco e metálico:
Abafando
É também possível utilizar um abafador que elimina totalmente a ressonância da pele inferior, tornando o som seco e curto.
Vassourinhas
O som produzido muda drasticamente quando a caixa é tocada com o auxílio de vassourinhas. Neste caso os sons são mais suaves e o músico pode também raspar a pele produzindo um som de fricção. Este tipo de execução é muito comum no jazz.
Conga
Congas - "Tambor" semelhante ao "atabaque" usado em par ou trio, sustentado em suportes para que o instrumentista toque em pé. O instrumento possui um casco cônico ovalado, quase como um barril (o que o diferencia do atabaque que tem casco cônico ou cilíndrico) e "pele" normalmente bem grossa, feita de um pedaço de lombo de burro (Equus asinus) ou boi (Bos linnaeus). A pele, ou membrana, tem entre 6" e 12" de diâmetro e "casco" entre 23" e 35" do comprimento. É tocado com as mãos e utilizado em diversos estilos de música popular da América Latina, notadamente na América Central. Marlos Nobre usa 3 instrumentos em ´Mosaicos´(1970). Foi introduzido no jazz pelo trompetista Dizzie Gillespie e o instrumentista é denominado "congueiro". É chamado também de "tumbadora" e conhecido como conga drum [ingl.], conga trommel [alem.]
Ganzá
Foto 1: Ganzá de alumínio
Ganzá é um instrumento musical de percussão utilizado no samba e outros ritmos brasileiros. O ganzá é classificado como um idiofone executado por agitação. Muito utilizado no maracatu rural.
Vestimentas dos Personagens no Maracatu
O tipo de veste usada varia de acordo com cada personagem. São roupas coloridas, com bordados, fitas, paetês e até bonecos.
O Arreamar
Utiliza um chapéu de com uma pena,que é utilizada nos punhos e saiote(espécie de cinto). Há uam gola, também chamada de manta, que é colocada como um poncho. Tudo é cheio de bordados coloridos. E para completar os adornos do arreamar, ele possui uma machada.
O Caboclo de Lança
Leva nas mãos a “guiada”, assim é chamada a lança desse personagem, repleta de fitas coradas e cintilantes. O funil é um chapéu de palha com uma armação de arame, todo coberto com papa cimento, ou outro tipo de papel que seja grosso. Por cima do esqueleto do chapéu coloca-se a “tanga”, que é uma espécie de cabeleira feita de fitinhas brilhantes de todas as cores. O caboclo também utiliza uma gola, que é maior do que a do arreamar. O fundo dela costuma ser preto e todo bordado.
“Surrão” ou “Matinada” é um acessório sonoro que o caboclo carrega nas costas. É feito de madeira, espuma e chocalho, presos entre si por parafasos. Por fim, um cravo, geralmente branco, é levado na boca do personagem e representa um segredo que não pode ser revelado a ninguém.
O Rei
Bermudão, meião e casaca. Tudo confeccionado com muitos detalhes, em cores vivas. O Rei leva a coroa e uma espada.
Bandeirista
Usa basicamente a mesma roupa do rei, porém com muito menos pompa. Em vez da coroa, usa uma peruca que lembra a do Rei XVI.
Lampião
A roupa é parecida com a do bandeirista, pois não utiliza a peruca. Porta uma luva e um candeeiro.
Menino do Guarda Chuva
Veste-se como Lampião.
Mateu
É o caboclo mais pobre do cortejo. Leva um surrão pequeno, um chapéu e uma guiada pequena com apenas duas ou três fitas amarradas a ela.
Catita
Homem caracterizado de mulher, desfila com uma vestido, ou com uma saia e blusa. O rosto é pintado. Leva conssigo um jererê(objeto usado na pesca) e uma boneca.
Rainha
Possui uma saia de armação feita de um tecido barato( chitão ou algodãozinho). Já o vestido é de tecido de maior qualidade, como o cetim ou veludo brocado.
Baianas, Damas do Paço e personagens femeninas
Seguem o estilo da rainha. A diferença está no acabamento dado a elas, ao tecido utilizado, mas, basicamente, sehue a linha: Saia de armação e o vestido.
Burra
Balaio coberto de tecido(normalmente o chitão) e caracterizado com o esteriótipo de uma mula colorida. Lembra o Bumba-meu-boi.
Músicos
Calças e camisas coloridas.
Diretoria
Calça e camisa identificadora do nome do grupo de maracatu.
Onde estão os grupos de Maracatu?
Grupos em Pernambuco
Maracatu Nação Olinda(Bonsucesso-Olinda)
Maracatudo Camaleão(Olinda)
Nação Leão coroado(Águas Compridas-Olinda)
Nação estrela Brilhante(Recife)
Maracambuco(Peixinhos-Olinda)
Nação Porto rico
Nação elefante
Maracatu Badia
Ouro do Porto
Cambinda Estrela
Maracatu Piaba de Ouro
Nação do Engenho
Aurora Africana(jaboatão)
Várzea do Capibaribe
Batuque Estrelado
Encanto da Alegria
Leão Negro(Olinda)
Maracatu Chuva de Prata(Olinda)
Maracatu a Cabralada(Olinda)
Nação Pernambuco
Maracatu Vila Nova(Surubim)
Grupos Pelo Brasil
Minas Gerais
Nação Amaranto(Divinópolis)
Mucambo(São José del rei)
Baque do Vale(Itajubá)
Trovão das Minas(Belo horizonte)
Maracatu Lua Nova(Belo Horizonte)
Mato Grosso do Sul
Bojo Malê(Campo Grande)
Ceará
Nação Fortaleza(Fortaleza)
Nação Iracema(Fortaleza)
Vozes D’África(Fortaleza)
Reis de Paus(Fortaleza)
Bahia
Nação Acasa(Salvador)
Paraná
Maracaeté(Curitiba)
Estrela do Sul(Curitiba)
Boizinho Faceiro(Curitiba)
Voa-Voa Maracatu Brincante(Curitiba)
Santa Catarina
Trema Terra(Bombinhas)
Jaé(Itajaí)
Arrasta Ilha(Florianópolis)
São paulo
Ilê Aláfia(São Paulo)
Nobre real(São Paulo)
Bloco de pedra(São Paulo)
Caracaxá(São Paulo)
Nação tainã(Campinas)
Rochedo de Ouro(São Carlos)
Rio de Janeiro
Rio Maracatu(Rio de Janeiro)
Rio Grande do Sul
Maracatu truvão(Porto Alegre)
Referências Bibliográficas
http://www.olinda.pe.gov.br/portal/noticias.php?cod=2088 (acesso em 11 de junho de 2008).
http://www2.uol.com.br/JC/_2001/0312/tu2911_14.htm (acesso em: 12 de junho de 2008).
Monografia apresentada por Marilúcia Farias Bezerra. Orientador: Manoel Guedes. Maracatu rural: conteúdo simbólico x Imaginário popular. UFPE-CAC-Departamento de design.
SILVA, Severino Vicente da. Festa de Caboclo. Recife: Editora Reviva, 2005.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
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Um comentário:
Nossa prof. tudoooooo de bom essa postagem sobre o maracatu..
Sou Fabíola prof de artes visuais da educ. infantil ao 5º ano e estou pesquisando sobre a roupa do maracatu rural para apresentar uma aula ao 4º ano...
adoreiiiiiiii
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