sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sertão do Araripe

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: PROBLEMAS DA HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
PROFESSOR: SEVERINO VICENTE DA SILVA











O SERTÃO DO ARARIPE






IZABELLE FELICIANO, INGRID MOURA, ANDRÉ MENDES, MARCONE MENDONÇA,
LUANA JOELMA.








Recife, junho de 2008



SUMÁRIO


INTRODUÇÃO.......................................................................................................01

1. Araripina...............................................................................................................02

2. Santa Cruz............................................................................................................04

3. Exu.......................................................................................................................04

4. Santa Filomena.....................................................................................................05

5. Granito.................................................................................................................05

6. Ouricuri................................................................................................................06

7. Ipubi.....................................................................................................................06

8. Moreilândia...........................................................................................................09

9. Trindade................................................................................................................10

10. Bibliografia.........................................................................................................14

11.Anexos.................................................................................................................15



INTRODUÇÃO

A Microregião de Araripina é formada por dez municípios, tem mais de 11% da área do Estado (11.792 km2). Seu clima é o semi-árido, e a vegetação é predominantemente de Xérofilas. Apenas na região da Chapada do Araripe o clima é diferenciado – ameno e com índices pluviométricos maiores. Na economia da microregião, tem grande destaque a produção de gesso – no pólo gesseiro de Araripina, Ipubi, Trindade, Bodocó e Ouricuri sai 95% do gesso consumido em todo o Brasil. A maioria do gesso retirado das jazidas do pólo gesseiro é tratado em Araripina, cidade mais desenvolvida, rica e importante da microregião. A segunda cidade em importância é Ouricuri, com posição estratégica na malha viária.
As Cidades que entegram a microregião são: Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade.












ARARIPINA

“Uma mina de progresso no coração do Nordeste”.

Araripina constituía um distrito de Ouricuri e tinha a denominação de São Gonçalo. O distrtito de São Gonçalo foi criado pela Lei Municipal de 01 de julho de 1893 contando na época com 8 ou 10 casas e a capelinha de Nossa Senhora da Conceição, primeira e única padroeira do lugar. A Lei Estadual no. 991, de 01 de julho de 1909, elevou o povoado à Vila como distrito de Ouricuri. Em 1922, o Bispo de Pesqueira, Dom José Lopes criou a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de São Gonçalo do Sauhem, que até 1933 ficou sob a responsabilidade do Vigário de Ouricuri. Em 14 de junho de 1923, chegou o primeiro Vigário residencial, iniciando a partir daí, uma nova era para São Gonçalo. Surgiu a primeira Escola Estadual em 21 de junho de 1950 e vieram vários melhoramentos.
Em 1928, começou a luta pela independência do distrito. O Município foi criado pela Lei Estadual no. 1.931, de 11 de setembro de 1928, que teve vigência a partir de 01 de janeiro de 1929, quando foi instalado. O Decreto – Lei Estadual no. 952, de 31 de dezembro de 1943, mudou a denominação do Município de São Gonçalo para Araripina, provavelmente, pelo fato de ser localizado nas imediações da Chapada do Araripe. Alguns historiadores defendem a tese de que o nome Araripina deriva etimologicamente do tupi: ara + iba, ou iriribá: coloração vermelha. Outra tese bastante aceita e divulgada diz que o topônimo Araripina origina-se do termo Arari(Pe), devido à localização no sopé da Chapada do Araripe, acrescido do sufixo “Iná”, vindo do nome do famoso missionário sertanejo Padre Ibiapina, que edificou a primeira capela da cidade. É, ainda, assunto de pesquisas e estudos. Outros nomes sugeridos à comissão encarregada de elaborar o Projeto de Reforma Administrativa do Estado de que resultou o Decreto-Lei no. 952, de 31 de dezembro de 1943, foram: Oestina, Cararama e Ibiçaroca (alusão ao grande valado ao pé da Serra do Cariri e que termina em Exu). Administrativamente, o Município compõe-se dos distritos: sede, Lagoa do Barro, Nascente, Bom Jardim do Araripe, Morais e pelo povoado de Gergelim, Feira Nova, Cavaco, Serrânia, Sipaúba e Lagoa de Dentro. Anualmente, no dia 11 de setembro, Araripina comemora a sua emancipação política.
Distando aproximadamente 690 km da capital Estadual, Recife, tendo como acesso rodoviário as BR’s 316 e 232, e a Rod. PE585. Suas coordenadas geogáficas são 7°,32’ e 45’’ de latitude Sul; 40°,34’, de longitude W. Gr. Com altitude de 622m. limitando-se ao Norte com o Município de Campos Sales-CE; a Oeste com os Municípios de Fronteiras, Marcolândia e Simões-PI; ao Sul com o Município de Ouricuri-PE e ao Leste com os Municípios de Trindade e Ipubi-PE.
Com uma área de 1.906km2, Araripina representa 1,7% da área total do Estado e se insere totalmente na Bacia Hidrográfica do Rio Brígida. Possui clima semi-árido quente com uma temperatura média anual de 24°C; precipitação pluviométrica média de 700mm/anuais, com solos adequados para cultivos temporários ou permanentes de vegetação típica de caatinga.

II – Canto às Origens

ARARIPINA

Araripina é Estrela do Araripe
Urbe que se alteia bonita
Nesse majestoso araxá do gesso

Araripina é topônimo erudito de Mário MeloVoz tupi, aglutinante de termos primários.- “ 'RARI ” e “ PINA” – reunidos na forma daPalavra absoluta – ARARIPINA.
Sua origem remonta ao ancestral mongol Semitoasiático – tupiná – gênese de TupãQue fez a se mesmo – O PRIMEIRO PAI
São etinos orientais que nos faz lembrar,O Canto agreste d’arara, no cimo da chapada- “ Ará, ará” – sempre a cantarAs origens remotas de Araripina.
Araripe – é a grande serra, irmã gêmea de Ibiapina- Pátrio rincão tropicalOnde nasceu a doce IracemaSímbolo de – beleza – e bravura
D'ascendênte de Araribóia – O guerreiro cobraQue do País, fez sairO invasor “Mair da França Antártica”
- Meu Comandante Camarão, olha lá!Astro rei dos “ 'RARI”É o sol, é o dia, é – Araripina Estrela – luzQue alumia a mente tupiná do meu Sertão. Esse poema faz parte do Livro do Professor e Naturalista, Vicente Alexandre Alves, intitulado As Origens e Riquezas Naturais de Araripina, como sede da região do Araripe, ainda aguardando publicação, podendo ser copiado sem restrições, desde que citada a fonte.

SANTA CRUZ

No ano de 1929, durante uma peregrinação pelo sertão, dois frades capuchinhos, tiveram que interromper a viagem devido a uma febre que acometeu um deles permanecendo no local por cerca de um mês. Abrigaram-se sob o pé de um juazeiro. Diversas famílias acorriam a eles para assistência espiritual e celebração dos sacramentos e missas. Despediram-se da região deixando uma grande cruz de madeira no local onde se abrigavam.
Esta cruz foi encontrada pelos vaqueiros do fazendeiro José Correia, senhor de muitas terras e escravos que habitava a região. José Correia pediu que trouxessem a cruz à fazenda, colocando-a na capela. A cruz passou a ser objeto de veneração da população local, que visitava a capela em busca de proteção divina. Ao seu redor começou a surgir a povoação. Aos poucos surgiu a festa da Venerada Santa Cruz, que ocorre de 1 a 3 de maio, que além dos rituais religiosos também conta com barraquinhas de comidas típicas e bebidas, bingos, danças, etc.
O distrito de Santa Cruz, subordinado ao município de Ouricuri foi criado em 23-01-1915. Foi elevado à categoria de município autônomo pela estadual nº 10623, de 10-01-1991, e instalado em 1993. O município é constituído pelo distrito sede, Varzinha, Poço D'Antas, Caçimba Nova, e Santa Helena.


EXU


Longe de ser oriundo do nome homônimo de um orixá, a cidade do aclamado Rei do Baião, Exu parece ter sugido da força da interação entre os fonemas LUSA e TUPI. A ele são atribuídas duas origens. A primeira como corruptela do nome de uma tribo local, Açu, ou ainda, do nome dado pelos indígenas da mesma tribo ao que seria o ferrão de espécies de abelhas comum à região, chamados “Enxu ou Inchu”.
A história desse município é mais um exemplo de um desenvolvimento independente e autônomo dos grandes centros urbanos. A implantação da economia açucareira na Zona da Mata e Litoral pernambucano pareceu direcionar a migração de portugueses apenas a essas áreas. Exu era uma área mais remota. Estava mais voltada para fora do Estado, para ser mais exato o oeste do Ceará, do que para dentro do próprio Estado.
A fixação em Exu remonta a exploração do Sertão do São Francisco. Ocorreu perante as graças do chefe da tribo Açu, o Cacique Araripe, cuja tribo aldeiada junto à fonte da Gameleira indicou aos primeiros portugueses onde se fixar, junto a uma área cujo terreno era da melhor qualidade para pecuária e agricultura. Era a encosta da Chapada do Araripe, sede de onde se formaria o primeiro foco de povoamento português, e que ficou conhecido posteriormente como Exu Velho.
A penetração desse território seguiu a expansão do nordeste. Seus principais fundadores, de sobrenomes Araripe, Alencar, Sampaio, entre outros, transpassa a história do município até os dias atuais. Contaram estes, como em outros casos que serão citados nesse trabalho, com a chegada de frades jesuítas, que logo cuidaram de erguer uma capela local, dedicada ao Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Pronto! Estavam mobilizados os ingredientes de uma receita, que continham como produtos principais uma elite local, assessorada por uma Igreja Católica de forte atuação.
O Padre João Batista de Holanda, vindo da Paraíba com a missão de catequizar, iniciou em outra área, a construção da Igreja Matriz, também dedicada a Bom Jesus dos Aflitos. Ao redor desta Igreja surgiram casas de comércio e residências, local da pedra fundamental da Cidade de Novo Exu, onde hoje seria a Praça Casimiro Ulisses.
O Município propriamente dito foi instalado apenas em 1846, pela lei provincial de Nº 150. Porém, Exu vai ficar sujeita a várias alterações administrativas que tornaram sua história política bem conturbada, ora restaurando sua autonomia, ora sendo anexado a outros povoados, como Ouricuri, Cabrobó, Granito. Exú só foi reconhecido como Comarca em 07 de junho de 1885, fato que não durou muito tempo, sendo suprimido enquanto município pela Lei Provincial de nº 608 de 03 de Abril de 1895.
Somente em 1907 é que ocorre a restauração administrativa definitiva da administração de Exu, marco que a 08 de setembro do mesmo ano, faz-se celebrar o aniversário da cidade.

SANTA FILOMENA

Quase não foram encontradas fontes de pesquisa sobre este município. As poucas linhas encontradas dizem que Santa Filomena foi desmembrada do território de Ouricuri, tendo uma história bastante recente, foi criado em 22 de setembro de 1997, com base na lei estadual complementar nº 15 de 1990, Santa Filomena possui base econômica na agricultura e pecuária, preservando diversos engenhos do período colonial. Nesta cidade também existem vestígios da atuação das missões jesuíticas, fato que pode ser facilmente verificado em um passeio pelas ruas da cidade que leva a visualização da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios.

GRANITO

O município de Granito leva esse nome devido à predominância dessa rocha na região. Esse município, que hoje se estima ter 6.492 habitantes, segundo dados IBGE, foi criado em 1859, às margens do Rio Brígida, na antiga fazenda Poço Dantas pelo vigário José Modesto Correia de Brito, que construiu uma capela na região com o nome de Nossa Senhora do Bom Conselho. Se observarmos bem, veremos que esse fato é muito comum nas áreas interioranas do território brasileiro, pois grande parte desses municípios do interior “nasceu” ao redor das capelas e igrejas que iam sendo construídas pelos vigários e padres.
Com a criação da capela de Nossa Senhora do Bom Conselho, começou-se a se edificar um povoado. Em 1863, esse povoado recebeu, através da lei provincial de 9 de abril nº548, a honra de Vila, cuja sede foi transferida do termo Exu para Granito, pelo próprio vigário José Modesto, fundador da capela que deu origem ao povoado. No ano seguinte ao da Proclamação da República, foi criada pelo Sr. Juiz de direito Alfredo Afonso Pereira a Comarca de Granito. A 5 de junho de 1893, Granito constituiu-se município autônomo. Em 1924, ainda na República do Café com Leite, Bodocó passa a ser sede do município de Granito. E em 1938 o município passa a se chamar Bodocó, sendo Granito rebaixado a condição de distrito. Só no ano que antecedeu o golpe civil-militar de 64 é que Granito foi desmembrado do município de Bodocó, e conseguiu novamente sua autonomia, sendo elevado à condição de Cidade.
Hoje, o município de Granito é composto pelo município sede e pelos povoados de Rancharia e Lagoa Nova. Sua emancipação política é comemorada no dia 20 de dezembro, tendo como padroeira da cidade Nossa Senhora do Bom Conselho, nome da primeira capela, erigida pelo vigário José Modesto Correia. Sua Área é de 521,86 km² representando 0,53 % do Estado, 0,03 % da Região e 0,01 % de todo o território brasileiro. A principal base econômica de Granito é a agropecuária, onde se destacam o cultivo de milho e feijão.


OURICURI


Ouricuri começa a ser povoado em 1841 quando o padre Francisco Pedro da Silva compra terras de D. Brígida Alencar e constrói uma capela em homenagem a São Sebastião. Nos arredores da capela, que está inserida na bacia hidrográfica do rio brígida, começa a se desenvolver atividades agro-pecuárias. O próprio padre fundador do povoado dá o nome de Ouricuri àquelas terras; Esse nome é oriundo de uma palmeira. Porém existe a versão que diz que a origem do nome do povoado vem de um casal Goulart do século XIX, que compra parte das terras da fazenda de gado de D.Brígida Alencar. Esse casal, que fixa residência no local, dá o nome de “Aricuri” (termo indígena), que significa “duas serras juntas”.
Em 1893 Ouricuri foi transformada em município autônomo e teve como seu primeiro prefeito o tenente-coronel Elias Gomes de Souza. Sua fundação, no entanto, acontece em 1939, quando Alexandre Bernardino, juiz de direito da Comarca da Boa Vista, chega à cidade fugindo de uma epidemia de febre, a qual foi denominada na época de “carneirada”. A festa comemorativa da emancipação da cidade ocorre no dia 14 de maio
Hoje, esse município é formado pelos distritos de Barra de São Pedro e Santa Filomena. Possui uma área de aproximadamente 2.423 km2 e uma população de 58.653 habitantes (censo de 2000. IBGE). Sua principal atividade econômica é a agricultura, onde temos como principais produtos o feijão, algodão, mandioca, milho, cebola, tomate; ainda temos a criação de bovinos e aves, além da mineração. É importante que se diga que 40% das reservas de gipsita do mundo estão localizadas na região do Araripe, onde Ouricuri faz parte. Essa região é conhecida como pólo gesseiro e detém 95% da produção nacional de gesso, que se caracterizou pela criação de um parque industrial na região, que gera cerca de 12.000 empregos diretos e 60.000 indiretos.

IPUBI

Ipubi localiza-se a uma latitude 07º39'07" sul e a uma longitude 40º08'56" oeste, estando a uma altitude de 535 metros. Sua população estimada em 2004 era de 23.971 habitantes. Possui uma área de 972,17 km² e é formado pelos distritos de: Ipubi (sede), Serra Branca e Serrolandia e pelo povoado da Mineradora São Severino. O município faz parte da Região de Desenvolvimento do Araripe. Essa região representa 18,8% do território estadual com 18.576,9 km² e abrange ainda, os municípios de Araripina, Bodocó, Cedro, Exu, Granito, Ouricuri, Moreilândia, Parnamirim, Salgueiro, Santa Cruz, Santa Filomena, Serrita, Trindade e Verdejante. Seu acesso se faz através da BR-232 e PE-630.
Em 1938, agricultores de várias regiões começaram a habitar a Fazenda Poço Verde, nome inspirado num poço que raramente secava, suas águas eram cristalinas, uma parte coberta por plantas aquáticas que exaltava a cor verde das águas. Esses habitantes foram atraídos a esta fazenda, por ela possuir um solo predominantemente argiloso úmido e de bastante fertilidade, isso devido a sua localização no sopé da chapada do Araripe. Com essas boas características logo se construiu um povoado. O Poço abastecia todos os moradores da região, ao lado havia três grandes árvores frondosas, o juazeiro, o tamboril e a baraúna, cujas sombras abrigavam as pessoas que ali passavam em busca do descanso.
Em meados de 1938, comboieiros de várias regiões circunvizinhas transitavam por veredas, vilarejos, povoados e cidades, transportando ao lombo de burros com malas de couros os produtos regionais: sal, abacaxis, peixes, salgados, farinhas e outros. A sombra das árvores foi o local principal onde se realizou a primeira feira em 1938, criada pela necessidade dos habitantes que pouco a pouco crescia e se estendia nas caatingas do alto sertão pernambucano.
De uma maneira simples e de estilo rústico dos seus habitantes, realizou-se a primeira feira, na ausência de barracas, apenas sobre sombra das árvores, onde foram expostos produtos artesanais e comidas típicas da região.
Neste mesmo ano ao som de búzios dos vaqueiros houve uma convocação de voluntários com objetivo de desmatar o terreno para construção da futura vila. Tendo em frente deste movimento os senhores: Joaquim Eugênio Silva, Antonio Tavares e Aureliano Damascena Rodrigues. O terreno foi comprado à senhora Pulcina Maria de Siqueira e Marcelino Correia, logo em seguida foi doado ao patrimônio de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Padroeira da cidade, cuja festa é comemorada na primeira quinzena do mês de agosto.
O Sr. Antônio Tavares da Silva auxiliou na demarcação. Juntamente com o Dr. Inácio Gonçalves Guimarães, fizeram requerimento de demarcação e divisão da Fazenda mencionada, que teve como Juiz de causa o Dr. Ladislau Rego Barros, como agrimensores Jorge Calisto de Alencar e Manoel Alves Parente, que fizeram a demarcação e divisão da Fazenda como ela foi vendida, por quadras, braças e posse.
Terminada a demarcação, foi contado o total de 36.000 tarefas de terras, sendo 12.000 hectares de terras aproveitáveis e cerca de 7.000 a 8.000 não aproveitáveis, porque eram ocupadas pelas cordilheiras das terras e serrotes pedregosos. Finalmente demarcada e dividida a terra, a Fazenda Poço Verde ficou situada da seguinte forma: Ao norte limita-se com a fazenda Serra Branca, ao Oeste com a Fazenda Espírito Santo, ao Sul com a Fazenda Boa Esperança e Manuino e ao Leste com a Fazenda Queimadas, fazendo assim o perímetro dessa fazenda, salientando que é a Fazenda mais rica do sertão, suas terras todas são produtivas, além do solo bom, há no subsolo a maior reserva de gipsita da América Latina, onde estão localizadas as seguintes Mineradoras: Sítio Barbosa – Matarazzo, Sítio Baixas – São Severino, Mário Ferraz, Itapessoca, Calmina, Gesso Serra Branca, Buracão, Escorrego e a São Jorge.
Vendo a valorização das terras depois de serem demarcadas, seus fundadores chegaram à conclusão de criar um povoado. O lugar escolhido foi às margens do cacimbão, onde eram situadas 03 árvores, um Juazeiro, uma Baraúna e um Tamboril. Quando feita a demarcação dessa fazenda, foi deixado um esquadro de 04 tarefas dessa área como servidão pública. Bem próxima das 03 árvores já existia uma casa de taipa onde funcionava uma mercearia que pertencia ao Sr. Felipe Mudo e Camilo Pereira, ali era um lugar ideal para se reunirem muitos vaqueiros, criadores, camboeiros e finalmente os passageiros que trafegavam por aqui.
Ainda em julho de 1938, foi marcado um domingo para 1ª Feira, que se realizou com grande entusiasmo daqueles que fizeram parte, direta ou indiretamente desta. Depois de mais ou menos dois meses da 1ª Feira, as pessoas foram surpreendidas pela polícia, onde os delegados eram regionais e sempre cumpridores dos comandos de chefes políticos. O Comandante de Ouricuri, nessa época era o Coronel Anísio Coelho, que autorizou ao Delegado Olímpio Ferraz, acabar com a feira local. Mas felizmente depois de vista a feira, o Delegado surpreendeu-se com a multidão encontrada, e logo desistiu.
Com a continuação da feira, os políticos de Ouricuri e Serra Branca foram perdendo o apoio da população, e Poço Verde segui em frente. Naquele tempo não havia casa, os armazéns eram a própria terra, fazia-se montanhas de mamonas, algodão, milho, feijão etc. O açougue era um pequeno jirau de madeira, o teto era formado dos couros bovinos, vendidos ali. Então seus fundadores, sentindo o prazer e satisfação de seus habitantes e visitantes, convocaram todos os feirantes e discutiram uma forma de melhorar a feira, compraram mais 9 tarefas de terras ao Sr. Marcelino Correia da Silva, onde hoje são situadas a Praça professor Agamenon Magalhães e a Igreja Matriz. Esta terra era coberta de mata.
Foi marcado o dia da broca do terreno em 13 de outubro de 1938. D. Bernardina Mudo e suas auxiliares fizeram uma grande festa em baixo de um umbuzeiro, onde hoje é localizada a casa do Sr. Osvino Apolinário (falecido). No espaço de duas horas foram desmatadas as nove tarefas. A madeira feita lenha foi posta fora, os aceiros foram varridos no dia 03 de novembro do mesmo ano. Em seguida foram tirados os esquadros da Praça Professor Agamenon e das ruas adjacentes.
Assim começou o povoado de Poço Verde, hoje cidade Ipubi. Cidade esta, segundo seu principal fundador, foi a gloriosa Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, que com a sua proteção cobriu de bênção e graças os habitantes que ali residiam, e deu-lhes coragem, inteligência e força para lutarem pela sua criação. Esta milagrosa padroeira teve sua imagem comprada no Rio de Janeiro, vinda de Avião até a cidade do Crato-CE., e seguida para uma fazenda na Serra do Araripe. Depois de alguns dias numa grande procissão trouxeram para o Sítio Virgínio, onde ficou por algum tempo, até que se concluísse o trabalho de sua Igreja, a qual teve início em Novembro de 1941. A primeira missa foi celebrada na referida Igreja no dia 22 de fevereiro de 1942, pelo Padre Luiz Gonzaga, onde também foi celebrado o casamento do Sr. Antonio Mudo com D. Maria Madalena Mudo.
Devido o seu progresso em 31 de Dezembro de 1943, o povoado foi elevado à categoria de Distrito, sendo então o seu nome mudado de Fazenda Poço Verde para Ipubi, nome indígena que significa “lugar úmido”. A Igreja não dispunha de recursos para ser terminada a sua construção, então o Padre Luiz Gonzaga com os demais moradores que , segundo registro do Sr. Antonio Mudo, não deixaram de lutar para ver a tão sonhada Ipubi, cidade livre, liberta, diante da falta de recursos para concluir a construção da Igreja local, convidou o Sr. José Cirilo Neto (Zé Milú). Fizeram uma festa com apresentação dos dois partidos (azul e vermelho) por eles representados, assim travou-se a batalha dos mesmos e no espaço de mais ou menos 4 meses, concluindo-se no dia 24 de junho de 1952, arrecadaram 82 Contos de Réis, que foi o custo da construção da torre da nossa Matriz, que teve como construtor o mestre Luiz.
Chegando ao fim da batalha de um povoado já com um pequeno matrimônio. Vale a pena salientar que os legítimos donos do Sítio Poço Verde, eram: D. Pulcina Siqueira de Vasconcelos e seus filhos, Miguel Francisco de Vasconcelos, outros irmãos de Marcelino Correia, a quem foi comprado o 1º patrimônio. O Sítio Poço Verde pertencia a D. Pulcina Siqueira de Vasconcelos, terra esta, que tinha sido comprada pelo seu falecido marido Manoel Davi de Vasconcelos na demarcação e divisão da Fazenda Poço Verde num total de 4.500 tarefas de terra, onde hoje é situada a cidade de Ipubi. Chegando ao fim da luta para criação do Povoado de Poço Verde, marcharam juntos com a padroeira Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro para criação do Distrito.
Desse período até março de 1962, a cidade de Ipubi pertenceu ao município de Ouricuri. Emancipou-se se tornando então independente em 02 de março de 1962, pela Lei nº. 3.340 publicada no dia 31 de Dezembro de 1958, que passou a vigorar quatro anos depois, em 02 de março de 1962.
Em Ipubi, a agricultura já foi a atividade econômica predominante, perdendo espaço atualmente para a exploração da gipsita. Ainda assim ainda são produzidos feijão, algodão, mandioca, mamona, milho, cebola e tomate. O rebanho de bovinos, e a criação de aves são outras fontes de renda do município. Ipubi é grande produtor de gipsita, razão da existência de várias empresas de calcinação de gesso instaladas no município. Empresas estas, grande parte provenientes de outras regiões do País, que além de serem responsáveis pelo beneficiamento da gipsita do município, proporcionam emprego, por conseguinte provocam o aquecimento da economia local.

MOREILÂNDIA

Durante a grande seca de 1877, vários agricultores do Ceará deixaram suas terras em busca de locais onde houvesse água para consumo humano e dessedentação animal. Foi o caso de Claudiano Alves Moreira, que veio de Iguatu, no Ceará, com sua família e rebanho. Dirigia-se provavelmente ao vale do Rio São Francisco. Entretanto, ao atravessar o sertão pernambucano, encontrou uma região desocupada, pertencente à paróquia de Granito, onde as terras eram férteis. Ao cruzar um riacho, observou poços d'água, o que o fez supor a existência de água subterrânea acessível, o que foi confirmado. Estabeleceram-se no local e foram seus primeiros habitantes. Cultivaram um sítio de frutíferas, que se desenvolveu bem. Logo o local passou a ser chamado Sítio dos Moreira.
A região se prestava a atividades agro-pecuárias e foi se desenvolvendo a partir desta atividade. A primeira igreja foi construída por José Alves Lopes, dedicada a Santa Terezinha e concluída em 1930. A primeira feira livre ocorreu em 1935.
O distrito foi criado em 10/05/1957, desmembrado do distrito de Carimirim, subordinado ao município de Serrita. Pela lei estadual nº 4.965, de 20 de dezembro de 1963, foi constituído em município autônomo e foi instalado em 19-05-1964.
Conforme a lei orgânica municipal foi realizado, em 31 de maio de 1991, um plebiscito visando a mudança do nome do município. A lei municipal nº 84/91, homologou a vontade popular mudando o nome de Sítio dos Moreiras para Moreilândia. Atualmente é constituído de 2 distritos: Moreilândia e Carimirim.
De acordo com o censo 2000 do IBGE, a população residente total é de 11.116 habitantes. Os habitantes do sexo masculino totalizam 5.586 (50,3%) enquanto que do feminino totalizam 5.530, (49,7%), resultando numa densidade demográfica de 18,00 hab/km2. A rede de saúde se compõe apenas de 02 ambulatórios e 01 hospital, com 27 Agentes de Saúde Comunitária. A taxa de mortalidade infantil, segundo dados da DATASUS é de 74,75 para cada mil crianças.
Na área de educação, o município possui 43 estabelecimentos de ensino fundamental com 3.444 alunos matriculados e 02 de ensino médio com 542 alunos matriculados. A rede de ensino totaliza 109 salas de aula, sendo 10 da rede estadual e 99 da municipal.
Dos 2.551 domicílios particulares permanentes, 1.076 (42,2%) são abastecidos pela rede geral de água, 466 (18,3%) são atendidos por poços ou fontes naturais e 1009 (39,6%) por outras formas de abastecimento. A coleta de lixo urbano atende 997 (39,1%) domicílios.
Os gastos sociais per capita são R$44,00 em educação e cultura, R$19,00 em habitação e urbanismo, R$21,00 em saúde e saneamento e R$15,00 em assistência e previdência social (1996). A economia formal do município se compõe basicamente do setor de serviços, do setor de comércio e do setor de Administração Pública, com 539 empregos.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDH-M- é de 0,364. Este índice situa o município em 96 no ranking estadual e em 4.368o no nacional.
O Índice de Exclusão Social, que é construído por 07 (sete) indicadores (pobreza, emprego formal, desigualdade, alfabetização, anos de estudo, concentração de jovens e violência) é de 0,303 ocupando a 115a colocação no ranking estadual e a 4.664a no nacional.

TRINDADE

O município de Trindade recebeu três nomes. Entre os quais, o primeiro foi “Feira do Toco”, devido a um terreno brocado há não muito tempo e por isso, havia vários tocos, onde foi realizada a primeira feira do município em 1948. Devido à alegria demasiada de alguns, onde consequentemente houve muita bebedeira e com isso varias brigas a feira também foi chamada de, “Feira do Pau”, nesse período, essa parte da terra tinha apenas uma casa de taipa e algumas barracas cobertas de folhas. Como esta localidade se encontra nas proximidades de uma lagoa denominada Espírito Santo o município recebeu nome homônimo e o padroeiro escolhido foi: Divino Espírito Santo.
A emancipação política ocorreu em 1963 e pelo fato de existir uma lei que proibia uma cidade ter nome de Estado, houve a necessidade de mudar o nome da mesma. Com a independência política acontecendo em 20 de dezembro de 1963, o nome dado ao município foi Trindade, que significa: Pai, Filho e Espírito Santo.
Em meados do século XIX, mais especificamente em fins de 1830, na região do sertão do Araripe, onde hoje se localiza a cidade de Trindade, chegou o Capitão Manoel Felix Monteiro, senhor rico que veio do estado da Paraíba, na cidade de Monteiro e que depois de residir nas imediações do Pajeú, na cidade de Flores, deste mesmo estado, dirigiu-se à região, pois reconheceu naquelas terras, fertilidade propicia para pecuária e a agricultura. Desse modo, o mesmo comprou as terras conhecidas por Sítio Baixo e Sítio Patí aos senhores Desidório Ferreira, Manoel Pereira, Antônio Barbosa, Raimundo Pereira e Matias Pereira. O Sr. Eufrásio da Costa Araújo, oriundo de Catolé do Rocha localizada no Estado da Paraíba, comprou 1850 ao Capitão Monteiro por trezentos mil réis os sítios Baixos e Patí. Vale salientar que essa transação comercial efetuou-se através de uma procuração pública passada para o Sr. Pacífico Lopes de Siqueira.
Cinqüenta e dois anos depois o Sitio Baixo foi vendido a diversos condôminos pelo Sr. Eufrásio essas terras foram, com o tempo, sendo vendidas e deixadas como herança. Já em 1936, o município desagregou-se, por Lei Estadual, do município de Ouricuri, ao qual pertencia e se agregaram ao município de São Gonçalo, atual Araripina.
Em 1947, na gestão do então perfeito, Sr. Manoel Ramos de Barros tencionou-se implantar uma feira no sítio Baixo, e assim após um ano, em 29 de janeiro, houve um encontro com a comissão de organização e criação da feira, dentre os quais se encontrava o Pe. Luiz Gonzaga Kerhle, vigário da paróquia de São Gonçalo que rezou a 1º missa campal da futura cidade de Trindade. A primeira feira foi realizada na mesma data, com grande movimento em barracas cobertas de folhas. Posteriormente a esse episódio teve início um levantamento topográfico das ruas que partiriam da Avenida Central. Em pouco tempo foram edificados prédios suficientes para o nascimento de uma vila e depois de um povoado.
A emancipação política de Trindade ocorreu em 1963, na gestão do então governador Paulo Pessoa Guerra, tendo sido nomeado para Prefeito interino o Sr. João Lino Barbosa, que dirigiu o município durante um ano. E a partir do seguinte ano foram realizadas eleições periódicas por voto, para prefeitos e vereadores.
Na feira, que teve origem em janeiro de 1949, e até 1984 foi realizadas aos domingos, eram negociados, em barracas de folhas, produtos como feijão, milho, mamona, farinha, querosene, carnes e peles de animais. Grande parte dos comerciantes eram moradores do local e transportavam seus produtos em animais como: jumento, cavalos, burros e carros-de-boi. Além disso, a feira era visitada por moradores dos municípios vizinhos como Jutaí, Petrolina, Cabrobó, Mirandiba, Araripina, Ouricuri entre outros. Com a evolução do comércio foram surgindo às primeiras casas e pontos comerciais chamadas de bodegas, onde se vendia o básico para a alimentação. Já nos anos 60, contava com lojas onde eram vendidos tecidos, cobertas, chapéus além de outros produtos.
A cidade de Trindade teve assim como o Divino Espírito Santo, uma festa comemorada no mês de maio. Passou com a emancipação e conseqüente mudança do nome da cidade, a ter como Padroeiro a Sagrada Família, que significa Pai, Filho e Espírito Santo. A festa de padroeiro da Sagrada Família é celebrada de 19 a 29 de setembro. Onde de frente a Igreja Matriz ocorre no dia 19, o hasteamento da bandeira, ato religioso que simboliza uma mensagem de Amor e Paz, abrindo as portas para a celebração do novenário da padroeira. Vale Salientar que a primeira igreja evangélica do município de Trindade foi a Assembléia de Deus, fundada em 1964, um ano após a emancipação política, pelo Senhor Pedro Francisco Barbosa. Ao longo dos anos foram surgindo outras igrejas e Trindade hoje conta com aproximadamente 4% de habitantes evangélicos.
Entre as festas de maior destaque na cidade, existe o carnaval, que se restringiam, a princípio, a manifestações de foliões que usando máscaras e sujando-se com talco, saiam de bar em bar e de vilarejo em vilarejo tocando valsinhas em difusoras e vitrolas. Com o passar dos anos a festa ganhou um novo perfil.
Por volta de 1974, um grupo de moços da cidade se juntou à amigos de cidades vizinhas, e tiveram iniciativas de organizar fanfarras, batucadas que passaram a dar um novo estilo ao nosso carnaval, daí nasceu a primeira escola de samba, e como o forte da animação era a bebedeira dos seus componentes, a escola foi denominada de MOWYDAMÉ. Vale salientar que, na região do Araripe, somente o município de Trindade realiza em grande escala a festa carnavalesca, razão pela qual toda a região do Araripe, prestigia, com aproximadamente 40 mil presenças nos quatro dias de festa. Um dos momentos mais forte o desfile das escolas de samba que é esperado com grande expectativa pelos foliões. Nessa festa também se destaca os grupos carnavalescos, dentre os quais se destacam Os Papa Léguas, Os Fugitivos, Agora é que são elas: “Dez Cabaça”, Polêmicos, Bloco da Sorte, Amigos, As Kafajestes, Os Tampas, Os Bocas, Os Bacanas.
Outra festa bastante comemorada, e antiga, é o São João. A princípio as festas aconteciam na quadra da escola Governador Paulo Guerra e eram bastante animadas, contava com apresentações de quadrilhas de todas as escolas do município, barracas e bebidas típicas, também com apresentações de sanfoneiros da região. Com o desenvolvimento da cidade e consequentemente com o aumento da população, a festa passou a ser realizada na Praça de Eventos e nas ruas, com os concursos de quadrilhas, de ruas e apresentação de shows com bandas regionais e artistas da terra.
A historia da educação de Trindade tem sua origem antes mesmo da sua emancipação política, quando o ensino de difícil acesso era oferecido em salões e residências, de forma publica e privada por professores sem formação, a maioria deles eram apenas alfabetizados e poucos tinham o primário completo (ensino fundamental I). Nessa época, o ensino de 1ª a 4ª série se fundamentava somente no desenvolvimento da leitura e escrita. Essa forma de ensino perdurou por quase três décadas. Após a emancipação, havendo melhor acesso no aumento do número de escolas (com funcionamento em salões) e conseqüentemente o aumento de professores contratados para lecionarem em turmas seriadas e multisseriadas de escolas urbanas e rurais direcionadas pelo Departamento Municipal de Educação (atual Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desportos).
O primeiro prédio escolar erigido foi o Ginásio Municipal de Trindade (atual Escola Municipal Governador Paulo Guerra), construído no governo do primeiro prefeito eleito, Otacílio Leocádio da Silva, com autorização do funcionamento do 1º ciclo secundário a partir de 01/03/1968. No ano de 1981 a escola recebeu autorização de funcionamento do segundo grau (atual ensino médio) com habilidade profissional de magistério e teve o seu nome mudado para Escola Municipal Governador Paulo Guerra.
O primeiro prédio de escolarização estadual foi a da Escola Governador Muniz Falcão, construído no Governo Nilo Coelho e na gestão do prefeito Otacílio Leocádio da Silva. Um projeto do presidente dos EUA, John Kennedy, com um programa de ajuda econômica aos vizinhos de continente beneficiou o Sertão do Araripe. A cidade de Trindade recebeu a Escola Governador Muniz Falcão, Ouricuri, a Escola D. Hidílio e Araripina a Escola Independência, todas com a mesma estrutura. Com o passar do tempo foram sendo construídas outras escolas municipais e estaduais de nível fundamental e médio. Com a conclusão do 2º grau, os estudantes sentiram a necessidade de cursar o 3º grau (atual ensino superior). Daí algumas famílias enviaram seus filhos para estudarem nos grandes centros.
Hoje, a educação Trindadense conta com 38 escolas publicas municipais, 10 na zona urbana e 28 na zona rural, 03 escolas públicas estaduais e 02 privadas. Contando com 7.500 alunos matriculados na rede municipal, 2.637 na rede estadual e 614 na rede privada. No ano de 1999, foi oferecido pela primeira vez um curso de nível superior no município. A Faculdade de Formação de Professores de Petrolina – FFPP estendeu o curso de pedagogia à Trindade, com aulas presenciais e duração de dois anos.




Bibliografia


· Atlas Escolar de Pernambuco/ Coordenador Manuel Correia de Oliveira Andrade. –João Pessoa.

Sites consultados (Todos consultados entre os dias 04/04/2008 a 09/05/2008 nos horários da tarde e da noite):

· www.araripina.com.br

· www.portalipubi.com

· www.pt.wikipedia.org

· www.citybrasil.com.br

· www.interlegis.gov.br/comunidade/casaslegislativas/municipal/PE/

· http://www.portaltrindadepe.com.br/mural.htm

· http://www.brasilchannel.com.br/municipios/mostrar_municipio.asp?nome=Trindade&uf=PE

· http://www.reidobaiao.com.br/historia-de-exu

· http://www.pe-az.com.br/turismo/exu.htm

· http://www.ferias.tur.br/informacoes/5423/santa-filomena-pe.html












Anexos:
ESCUDO OFICIAL DO MUNICIPIO DE ARARIPINA – PERNAMBUCO
AUTORIA: Estudante Gildenilson Gomes Pereira
Escolhido através de Concurso promovido pela DERE – Sertão do Araripe, por competente COMISSÃO INTERINSTITUCIONAL que se reuniu com esta finalidade no dia 31/05/1985, na sede do departamento Regional de Educação – Sertão do Araripe.
APROVADO pela Lei Municipal nº 1647 de 26 de Julho de 1985.
SANCIONADA em 30 de Julho de 1985 data a partir da qual foi oficializado.
CORES BASICAS: O dourado, o verde e o marrom.
COMPOSIÇÃO: No escudo com bordas douradas, figuram:
Na parte superior, uma engrenagem de três rodas dentadas, sendo que, ao centro da roda maior está característica ( representando as industrias );
Um pouco abaixo, na parte central do Escudo, no lado direito superior, nossos planaltos e montes, na cor marrom escura;
No lado esquerdo-inferior na parte central do escudo, de cor marrom-clara, o sertão e seu mais autêntico símbolo – o mandacaru, na cor verde;
Com o sol ao alto, na cor dourada, ambos representam os nossos dois tipos de solos comuns e nosso clima semi-árido;
Dividido Chapada e Sertão, uma faixa branca com cinco Estrelas douradas, com uma maior ao centro representando o Distrito.
O escudo pousa sobre uma coroa de ramos de feijão e milho, ambos na cor verde, ficando o ramo de feijão do lado direito e o milho do lado esquerdo do Escudo.
Os ramos surgem por trás das asas de uma Águia Dourada, que representa a nossa soberania.
Por fim, a Águia segura um listel azul, onde estão escritos : “ 1900 – Araripina – 1928” ( Datas de elevação à categoria de Vila e de Emancipação Política, respectivamente).
De conformidade com o Art. 4º da Lei Municipal nº 1647, a mesma entrou em vigor a partir de 11 de Setembro de 1985, data em que se comemora o Aniversario de Emancipação Política do Município.

Hino oficial de Araripina
Nos caminhos do Sertão andou teu povo
E, Pairando sobre ti, terra querida,
Pode ver então surgi um mundo novo
Que ganhou, com trabalho. Força e vida.
Não se esquece tua luta no passado,
Os teus filhos, com muita sapiência,
Defenderam o teu nome perante o Estado
Conseguindo conquistas a independência.
Salve, salve, salve, Araripina
Nossa história, nossa cultura!
Viva o seu verde, as suas minas.
E o teu povo, sua bravura.
És das flores do sertão a mais bonita,
Oásis do deserto brasileiro.
Tuas praças, teus jardins ninguém imita,
Teus o céu dos mais azuis o ano inteiro
Há muito mais beleza nos teus vales,
Na cidade e no olhar de tua gente,
Tu enfrentas, com coragem, muitos males.
E, por isso, o amor do teu filho é mais ardente.
Salve, salve...
Mais se um dia precisares de defesa,
De justiça, da paz e liberdade.
O filho teu fará tremer a natureza
Levantando a espada. Mestra da verdade
Se há tristeza é porque falta sorriso
Há saudades antes de despedir
A lembrança irá consigo ao infinito,
É um filho que acaba de partir.
Salve, salve...
Bandeira do Município

A Lei n°. 1.345, de 31 de julho de 1978, cria, compõe e oficializa a Bandeira do Município de Araripina. Criação de Francisco Alves de Souza. Cores básicas: Amarelo, Azul, Verde, Branco e Marrom. O círculo branco representa a paz, o trabalho com gesso e farinha de mandioca. Círculos sobrepostos representam os Distritos. O milho e a mandioca, as riquezas vegetais. As datas 1909 e 1928 representam as épocas das elevações de Vila e Cidade, respectivamente.

Um comentário:

Unknown disse...

caro professor,
Sou trineto do Padre José Modesto Pereira de Brito, fundador de Granito.Li pela internet a página da prefeitura de Granito e o seu artigo. Gostaria que me permitisse uma pequena correção: o padre chamava-se José Modesto Pereira( e não Correia) de Brito. Tenho mais informações sobre ele se assim o desejar.
Grato,
Petit das Virgens
Natal-RN